
Apreciação Artística
Nesta obra cativante, o artista captura as icônicas Casas do Parlamento envoltas em uma delicada névoa, evocando um senso de mistério e serenidade. A estrutura ergue-se majestosa contra um fundo suave de tons lavanda e pêssego, criando uma atmosfera de sonho que convida à contemplação. O reflexo do edifício dança sobre a superfície da água, aumentando a tranquilidade da cena. Voando pelo céu, as gaivotas adicionam um elemento de vida, seus movimentos suaves contrastando com a calma da água abaixo.
A técnica característica do pintor — o pincelada solta — mistura magistralmente as cores para criar uma transição perfeita entre o céu e a água, dando profundidade à paisagem. A paleta, dominada por suaves tons pastéis, evoca um sentimento de calma e nostalgia, transportando o espectador a um momento sereno no Tâmisa. Historicamente, esta pintura ressoa com a virada do século, uma época em que a industrialização começou a se entrelaçar com as noções românticas da beleza natural, fazendo dela uma parte significativa do movimento impressionista e uma reflexão tocante dos sentimentos da época.