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Dálias e Mandolim

Apreciação Artística

Esta natureza morta vívida captura uma cena encantadora: um vaso com dalias amarelas vibrantes ao lado de um alaúde rústico repousando suavemente sobre um tecido rico em padrões intrincados. As pinceladas texturizadas, típicas do artista, conferem uma sensação tátil de profundidade e movimento, como se as flores pudessem balançar ou a madeira do alaúde esquentar sob a luz suave. Os tons terrosos do fundo oferecem um contraste suave aos amarelos vibrantes das flores, fazendo sua paleta alegre quase saltar da tela. Juntos, os elementos formam uma celebração calorosa da beleza cotidiana e dos vínculos íntimos entre objetos, cor e vida tranquila.

A composição equilibra-se naturalmente: a arredondada forma do vaso e as formas orgânicas das dalias contrastam com o longo braço do alaúde criando um ritmo harmonioso. A paleta de cores destaca-se pelos verdes profundos e vermelhos quentes, imersos em uma espécie de névoa impressionista. Emocionalmente, a obra evoca um conforto terno — um momento suspenso no suave brilho da tarde ou no começo da noite, quando música e natureza se entrelaçam delicadamente. Historicamente, essa peça exemplifica um período em que artistas buscavam elevar a quietude das cenas domésticas, abraçando pinceladas soltas e contrastes ousados para transmitir o humor mais do que o realismo meticuloso. Sua importância está não só no tema, mas na forma como funde uma impressão tátil com uma atmosfera evocativa, convidando o espectador a se deleitar nas alegrias simples.

Dálias e Mandolim

Paul Gauguin

Categoria:

Criado:

1883

Gostos:

0

Dimensões:

6400 × 5308 px
573 × 478 mm

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