Voltar à galeria
A Assassina

Apreciação Artística

Esta obra exala uma qualidade inquietante, retratando um quarto ligeiramente claustrofóbico, com paredes que parecem fechar-se sobre o espectador. As ousadas pinceladas onduladas criam uma atmosfera carregada de emoção—poder-se-ia quase ouvir o silêncio ecoando nas paredes verticais, pintadas em um tom esverdeado inquietante. A figura no centro, envolta em uma vestimenta cinza fluida, contrasta fortemente com as sombras entrelaçadas dos móveis. Sente-se uma narrativa se desenrolando aqui: somos testemunhas de um momento de contemplação, ou há algo mais sinistro à espreita? A ausência de detalhes faciais aumenta a sensação de mistério, fazendo-nos sentir intrigados e desconfortáveis.

Em primeiro plano, uma mesa coberta com pratos desordenados de frutas e um copo sutilmente competem pela atenção, sua desordem ecoando a agitação emocional da figura. A paleta de cores que Munch utiliza nesta peça—uma paleta robusta com tons sombrios—é especialmente impactante; transmite um turbilhão de sentimentos, que vão da melancolia a uma intensidade inquietante. É um instantâneo de profundidade psicológica, uma exploração da existência complexa no início do século XX, e uma evocação da paisagem emocional da época, quando as mulheres começaram a lidar com identidades que transcendiam os limites tradicionais. O legado de Munch reside fielmente em suas exploração profunda do estado humano, e esta peça não é exceção.

A Assassina

Edvard Munch

Categoria:

Criado:

1907

Gostos:

0

Dimensões:

3234 × 4576 px
630 × 895 mm

Descarregar:

Obras de arte relacionadas

Mulher sentada diante de uma porta aberta, descascando batatas
Retrato de Madame de Bonnières
Pastor com um rebanho de ovelhas
Beber e falar sobre amora e cânhamo — Poema 'Visitando a fazenda de um velho amigo' do poeta Tang Meng Haoran