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Preguiça

Apreciação Artística

Esta obra detalhada de Pieter Bruegel, o Velho, retrata de forma vívida e surreal a preguiça, um dos sete pecados capitais. A composição atrai o olhar com uma profusão de figuras, animais e máquinas bizarras que convergem em uma paisagem onírica e estranha. A paleta é monocromática, apoiada em traços precisos e delicados que criam uma atmosfera carregada de alegoria e ironia. Observando de perto, revelam-se pequenas cenas - criaturas semi-humanas deitadas preguiçosamente, algumas suspensas ou enredadas em vários aparelhos, outras flutuando calmamente pela paisagem. A sensação geral é de letargia e inércia, comunicada astutamente através das formas e expressões.

O domínio de Bruegel é evidente na disposição harmoniosa porém caótica; tudo está conectado por caminhos sinuosos e elementos arquitetônicos fluidos, formando um labirinto de indolência. O grande relógio ao fundo enfatiza ironicamente o tema do tempo desperdiçado, enquanto criaturas híbridas peculiares adicionam camadas de simbolismo e humor. A paleta terrosa e apagada destaca a gravidade do pecado sem cair na escuridão. No contexto histórico, esta obra pertence ao ciclo dos sete pecados capitais de Bruegel, refletindo as visões morais da Europa do século XVI com imaginação lúdica. Esta peça tem um impacto emocional que convida à reflexão sobre a fragilidade humana, e é um testemunho do gênio narrativo, satírico e detalhista de Bruegel.

Preguiça

Pieter Bruegel, o Velho

Categoria:

Criado:

1557

Gostos:

0

Dimensões:

3066 × 2218 px
298 × 214 mm

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