Banhoada pela luz suave de um céu difuso, a cena se desenrola tranquilamente ao longo de um sereno curso de água. Uma modesta casa de fazenda, pintada em tons terrosos suaves, está aninhada à margem, com sua linha do telhado suavemente interrompida pelas árvores ao redor. As pinceladas do artista transmitem delicadamente a textura da madeira envelhecida e da pedra desgastada, convidando o espectador a imaginar a vida rústica ali. Em primeiro plano, um caminho estreito de terra guia o olhar até um pescador, pacientemente posicionado em um pequeno barco, sob um céu vasto e pálido.

A composição equilibra natureza e presença humana com um ritmo harmonioso; as linhas horizontais da água e da terra contrastam com o impulso vertical das árvores verdejantes, cujas folhas são um borrão de verdes profundos e marrons com toques de luz. A paleta é suave, porém rica, ecoando a dignidade silenciosa da solidão rural. Há uma calma ambiente intensificada pela interação sutil entre o céu nublado e os reflexos suaves na superfície da água, evocando uma tranquilidade quase atemporal.