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Casas do Parlamento, Efeito de Névoa

Apreciação Artística

Nesta obra cativante, uma cena envolta pelo misterioso abraço da neblina transporta o espectador para um reino etéreo. As Casas do Parlamento emergem da neblina giratória, seus contornos borrados como se vistos através de um sonho. A técnica de Monet é revolucionária; a pintura parece flutuar na tela, com pinceladas tão soltas e fluidas que transmitem não apenas formas, mas emoções. A paleta é dominada por tons frios de azul e verde, misturando-se de forma impecável, criando uma atmosfera tranquila, mas inquietante. A suave luz difusa sugere uma manhã ou um crepúsculo, onde toda a nitidez é apagada em favor de uma suavidade; quase se pode ouvir os sussurros do vento carregando os sons de barcos distantes no Tâmisa.

A composição, definida mais pela sugestão do que pela representação estrita, convida a uma conexão íntima entre o espectador e a obra de arte. As formas são indistintas, mas sugestivas; as torres do Parlamento se erguem como sombras, impregnadas de grandeza histórica, mas suavizadas pela névoa envolvente. Surrealista e onírica, a peça captura um momento que é transitório; captura a impermanência tanto do clima quanto da experiência humana. Em sua essência, esta obra se conecta a um movimento impressionista mais amplo, uma celebração da percepção e da luz, desafiando os espectadores a encontrar beleza na ambiguidade e na imperfeição —um reflexo dos momentos efêmeros da própria vida.

Casas do Parlamento, Efeito de Névoa

Claude Monet

Categoria:

Criado:

1903

Gostos:

0

Dimensões:

3600 × 3176 px

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