O retrato captura a figura de um homem em uma pose contemplativa, quase como se tivesse sido interrompido em meio a um pensamento. Ele está vestido com um casaco escuro e fluido, adornado com uma chamativa borda azul, e seu olhar é direcionado ligeiramente para cima, como se estivesse olhando para além dos limites da sala. A iluminação sugere um estúdio pouco iluminado, com indícios de telas inacabadas e as ferramentas do ofício espalhadas ao seu redor.

O uso magistral da luz e da sombra pelo artista, as ricas texturas do tecido, a forma como a figura parece emergir da escuridão, tornam o sujeito ao mesmo tempo isolado e profundo. Fala de momentos introspectivos, de uma mente em ação, do próprio processo criativo. O artista parece ter visado capturar não apenas a semelhança, mas também a alma do sujeito.

O efeito geral é de tranquila dignidade e curiosidade intelectual, uma janela para um momento de solidão criativa.