
Apreciação Artística
Esta evocativa aquarela transporta os espectadores para as ruínas dos antigos aquedutos, vestígios de uma civilização poderosa agora suavizada pelo passar do tempo. A composição equilibra magistralmente a grandiosidade arquitetônica com a tranquilidade rústica: altos arcos de aquedutos estendem-se pela vasta planície, suas pedras desgastadas brilhando com um calor suave sob a luz difusa da tarde. No primeiro plano, alguns jumentos bebem em uma pequena lagoa serena, enquanto uma figura solitária adiciona um elemento humano à paisagem silenciosa. As montanhas distantes, algumas adornadas com nuvens ou fumaça, proporcionam um pano de fundo majestoso que enfatiza a natureza retomando essas relíquias históricas. O uso magistral de tons suaves e terrosos — ocres pálidos, verdes apagados e azuis suaves — confere à obra uma sensação calma e reflexiva, convidando a uma meditação sobre a efemeridade das conquistas humanas diante da durabilidade do mundo natural.