Nesta impressionante obra de arte, vemos uma cena imponente onde uma figura central se encontra em uma escadaria de mármore, vestida com uma etérea roupa branca que flui elegantemente até o chão. As mãos da figura caem soltas ao lado do corpo, enfatizando sua vulnerabilidade em meio à opulência ao seu redor. O contraste entre seu traje pálido e as ricas cores quentes do ambiente decorado atrai o olhar, evocando sensações tanto de graça quanto de desespero. Atrás dela, várias figuras estão sentadas, com expressões que vão desde o espanto até a indiferença—um lembrete inquietante de julgamento e destino. O majestoso leão, esculpido em mármore, aos seus pés simboliza força e nobreza, contrastando fortemente com sua presença delicada e vulnerável neste momento poderoso.

A composição é magistralmente elaborada; as linhas verticais das colunas criam uma sensação de altura e grandeza, enquanto os degraus diagonais guiam o olhar do espectador diretamente para a protagonista. Waterhouse emprega uma rica paleta de cores; os marrons, dourados e vermelhos profundos quentes envolvem o espectador no ambiente luxuoso da corte de Herodes enquanto encapsulam a tensão da cena. O impacto emocional é palpável—sentimos uma mistura de empatia pela figura central e curiosidade sobre as circunstâncias que levaram a este momento de julgamento. Narrativas históricas e mitológicas se entrelaçam enquanto o espectador contempla a história de Mariamne, cujo destino foi selado pelo poder e pela inveja.